segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um doce desconhecido

        Roubando a frase de Maria Gadú: “há um tempinho atrás eu conheci um cara... diferente, completamente interessante (...)” esse alguém me instiga, me motiva a querer desvendá-lo. Quem dera eu pudesse! Não converso com ele, nem o vejo ou troco mensagens, o que sei dele é apenas o que conseguir guardar e muitas palavras. Estas repletas de significados, na maioria incompreensível pra mim.
            Ele tem um ar um tanto quanto misterioso, um ser sem dúvida capaz de amar e sofrer, um ser que tornou meus dias mais a alegres durante a nossa convivência, que me cativou de forma tão rápida que me deixou tonta. O apego construído em horas ainda perdura, mesmo eu lutando contra isso. Não gosto de gostar sozinha! Sei bem que ele pouco se recorda de mim, que não sabe o quanto foi/é importante para mim, sei que não fui nada mais de uma garota que ele conheceu, mas alimento a esperança de um reencontro e a certeza errada de que um dia vamos ser grandes Amigos.
            Sempre crio “teorias” sobre as novas pessoas que cruzam meu caminho, mas ele foi um dos poucos que defino como um menino normal. Em um segundo instante  achei-o “nerd”, depois, extremamente parecido comigo, isso aconteceu quando que ele se apoderou de mim. Eu, quebrando todas as minhas regras, deixei-me ser conduzida por este desconhecido, depositei toda a minha confiança nele, que prometia nunca me decepcionar. Isso não durou muito logo ele quebrou a promessa que tinha feito, talvez por culpa minha, acreditei então que ele era completamente diferente de mim.
            Hoje o admiro muito e discordo de quase tudo que pensei sobre ele. Não consigo firmar uma nova teoria, só que ele parece ser Aquele que sempre procurei para ter como amigo, e isso alimenta meu sonho de ser próxima dele, de ter a liberdade de chorar no ombro ou telefonar de madrugada, enfim, de conhecer quem realmente ele é e permitir que ele conheça a mim. Gosto de perder-me nos meus pensamentos sobre ele, nas minhas memórias, nos meus desejos e isso acontece quase que diariamente, apesar disso já não lembro muito dele, mas como esquecer seu olhar de menino?
            Ao passar do tempo minhas lembranças foram se confundindo com a realidade, já não sei se fantasio! E só descobrirei quando o reencontro que tanto anseio acontecer...

domingo, 29 de maio de 2011

Caminhado para o fim

Tento achar palavras pra expressar o que estar fazendo o meu coração se comportar dessa forma, mas eh impossível! Está além do meu alcance, da minha capacidade. Ponho-me de frente ao espelho e vejo que ainda estou inteira, intacta. Mas como pode ser se me sinto aos pedaços como se eu tivesse sido acertada por uma metralhadora, meio sem chão, sem rumo, perdida!
Sinto medo como uma criança que ficou em casa sozinha e aí faltou e energia e alguém tomou da sua mão, de forma brusca e inesperada, a única vela que a mantinha segura, com esperança de que tudo ia ficar bem e então a mesma se colocou a chorar. Quem apagou a vela? Como aconteceu? Por quê? E principalmente, porque a vela é tão importante? São perguntas que ainda não possuo a resposta e para ser bem sincera não importa como, quando, quem ou porque aconteceu, o que realmente importa é que aconteceu, ou melhor, está prestes a acontecer e que isso me influi de forma que custa a fazer sentindo. Ainda não faz! Ainda tento entender porque ele tem tal importância, se o conheço há tão pouco tempo, porque pensar que posso não vê-lo dói tanto? Por que sua partida me deixa tão desorientada? Ainda estou tentando entender, lutando pra que isso tudo faça sentido.
Minto! Claro que sei por que isso está mexendo tanto comigo, porque apesar de fria, eu devoto amor a algumas pessoas e se estas se vão, essa ida dói. Machuca de forma que não posso traduzir em palavras. É o tipo de coisa que é própria de quem está sentindo e os telespectadores não veem sentido. Afinal, por que para qualquer outra pessoa não envolvida na situação isso não passa de um mero fato do cotidiano, que ao decorrer dos dias cairá no esquecimento, pois todos deixaram de comentar, se acostumaram como se fora sempre assim e odeio ter que admitir a verdade existente nisso.
Aos poucos eu vou me adaptar, todos vão esquecer o tom de voz, o perfume, o jeito preferido de usar o cabelo, ao longo dos meses isso será apagado. O tempo agirá de forma imperceptível e quando dermos conta, só restara um nome na cabeça de todos, na minha um pouco mais. Também me esquecerei dos detalhes, contudo, é impossível esquecer a essência, as piscadelas, o jeito de sorrir, de cuidar, o modo de olhar, por isso sofro. Estou ciente que vou me acostumar com a ausência, que tenho menos de 2 meses para coletar a essência. Saber que tenho que me despedir parece pior que a distancia que será erguida.